Na correria do dia-a-dia, acabamos nos rendendo ao ritmo e desprezamos os cuidados que deveríamos tomar com nossa alimentação e saúde. Nossa alimentação deve ser equilibrada e variada para contribuir com uma vida saudável. Portanto, ela deve ser composta por alimentos que contenham todos os nutrientes necessários para cada indivíduo. Em situações especiais, recorrer a suplementos nutricionais pode ser uma alternativa.







terça-feira, 28 de setembro de 2010

NUTRIÇÃO x SONO X PERFORMANCE





Esta semana na Revista Veja saiu uma reportagem sobre o sono. Sua privação pode desencadear diabetes. A proteína que regula o relógio biológico tem papel no controle da glicose.
“Pesquisadores americanos descobriram que uma proteína que regula o relógio biológico de mamíferos também está relacionada à síntese de glicose no fígado, durante períodos de jejum prolongado. A descoberta, publicada na revista Nature Medicine, ajuda a entender a relação entre privação de sono e distúrbios metabólicos, como obesidade e diabete, abrindo caminho para novos tratamentos.
Quando ficamos muito tempo sem alimento, o organismo mantém a taxa de glicose no sangue estável e garante energia aos órgãos graças a um processo chamado gluconeogênese (síntese de glicose a partir de gordura ou das proteínas dos músculos). Os cientistas descobriram que esse mecanismo é regulado por uma proteína chamada criptocromo. Em experiências com ratos, foi possível reduzir a glicemia (quantidade de glicose no sangue) dos animais ao controlar os níveis de criptocromo no fígado. “

Uma boa noite de sono é muito mais eficiente do que muitos imaginam.

As causas mais comuns da insônia, por exemplo, são estresse, ansiedade e depressão.
O sono é um período de descanso para o corpo, sendo fundamental para as suas funções biológicas. É uma atividade noturna e seu tempo de duração varia de pessoa para pessoa, sendo de maior duração na infância, diminuindo com a idade.
A qualidade do sono tem um enorme impacto sobre a nossa vida diária. Um sono deficiente ou desordenado poderá afetar o trabalho, a concentração e até mesmo no nosso metabolismo. Durante o sono, corpo e mente se recuperam, fazendo com que as pessoas se sintam descansadas pela manhã. Especialistas confirmam que a dieta influencia no processo do sono, tanto sentir fome quanto comer em demasia podem atrapalhar o sono e causar desconforto e insônia.

A insônia é caracterizada pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final. A insônia pode ser resultado de ansiedade, depressão, estresse ou pode ser de causa patológica (doença). Superar a verdadeira causa destes distúrbios é essencial para melhorar a qualidade do sono, mas é importante observar a nutrição e os hábitos diários.
Durante sono é o momento que o organismo mais produz os hormônios do crescimento. Estes hormônios possibilitam o rejuvenescimento e a renovação celular. As células nascem e morrem. Com o sono insatisfatório, as células são mal repostas. Sendo assim, as pessoas que não dormem bem envelhecem mais depressa.
A falta do sono provoca o desequilíbrio endócrino e metabólico. Em conseqüência, a pessoa pode engordar ou emagrecer muito. Tudo funciona sem equilíbrio desregulando até mesmo o nível do colesterol e do triglicerídeos, que pode ser resolvido apenas com o sono adequado. O sono torna-se uma verdadeira terapia.
Quando dormimos, ocorrem milhões de reações, tais como: reparos em todos os nossos órgãos vitais, elaboração de substâncias hormonais e de novas células, que irão se agregar aos tecidos dos nossos órgãos: fígado, baço, pâncreas, cérebro e coração. Renovando-os.
Tudo isso é imprescindível para acordamos zerados e para que tenhamos um novo dia, com a máxima capacidade de disposição, entusiasmo, otimismo e positividade.

No decorrer de um dia de trabalho, nós vamos exaurindo os nossos órgãos. A poluição destrói os nossos alvéolos pulmonares e durante a noite o nosso organismo tem de fabricar células suficientes para poder repará-los.
A alimentação, devido à industrialização exagerada, danifica milhões de células do nosso fígado que também serão reparadas durante o sono. O mesmo acontece com o pâncreas, o estômago, o coração e o cérebro. Para que estejam plenos no dia seguinte, todos estes órgãos precisam ser reparados!

O sono tem que ser profundo e não pode ser interrompido. Ele é composto de várias fases e a REM - momento em que você dorme profundamente e sonha é a fase mais importante.

O triptofano, um aminoácido essencial, é o indutor natural do sono. Ele aumenta a quantidade de serotonina, um sedativo também natural do cérebro. É por isso que um dos remédios caseiros mais conhecidos para a insônia é tomar antes de dormir uma xícara de leite morno, pois contém triptofano, com uma colher de chá de mel, que é um carboidrato simples, pois os carboidratos facilitam a entrada do triptofano no cérebro. Por outro lado, consumir alimentos gordurosos antes de dormir, além de provocar azia e má digestão podem causar um sono inquieto.

Algumas mudanças simples nos hábitos alimentares podem ajudar realizar um sono tranqüilo:
* Bebidas estimulantes, tais como: chocolate, café, chá preto ou mate, guaraná, refrigerantes à base de coca, devem ser evitados próximo ao horário de dormir, sendo ideal não ingerir estes alimentos e bebidas pelo menos quatro horas antes do sono. Estes alimentos são fonte de substâncias como a xantina e cafeína, que estimulam o sistema nervoso central;
* Tome um copo de leite morno. O leite contém o aminoácido triptofano, que relaxa os músculos e induz o sono;
* Diminua a ingestão de alimentos gordurosos e/ou não ingerir grande quantidade de alimentos, pois facilitará a digestão, favorecerá o sono e evitará que as calorias desses alimentos sejam armazenadas na forma de gordura, uma vez que à noite o metabolismo é mais lento;
* Evite ingerir alimentos condimentados como molhos gordurosos e temperos fortes;
* Consuma chás de ervas (descafeinados);
* Evite altas doses de bebidas alcoólicas;

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA RECUPERAÇÃO MUSCULAR NO PÓS-TREINO


Importância do carboidrato na reposição muscular após o exercício

Uma dieta deficiente em carboidratos reduz rapidamente o glicogênio muscular e hepático e, subseqüentemente, reduz o desempenho nos exercícios intensos e de curta duração, assim como nas atividades prolongadas.

A redução do conteúdo das reservas de glicogênio (muscular/hepática) está associada à ocorrência de fadiga. Para melhorar a performance, os carboidratos são consumidos antes, durante e depois do exercício.A reposição do glicogênio utilizado após o exercício é um aspecto fundamental na recuperação da capacidade de endurance. A preocupação quanto ao tipo, freqüência e quantidade do consumo de carboidrato merece atenção, principalmente quando o indivíduo necessita de reposição rápida do estoque (entre 4 a 6 horas). Quando a reposição é considerada no contexto de 24 horas após o exercício, essas preocupações quanto a particularidades na administração do carboidrato, em geral, não se justificam.
Dada a importância dos carboidratos para a performance de exercícios aeróbios de longa duração, recomenda-se que indivíduos que se exercitam regularmente devam consumir uma dieta entre 55%- 70% de seu total calórico na forma de carboidratos.
Quanto ao tipo de carboidrato a ser consumido, glicose e sacarose são os que possuem a maior capacidade de repor glicogênio muscular quando comparados com a frutose, nas 6 primeiras horas após o exercício em virtude de seu elevado índice glicêmico. Essas refeições se revelam extremamente eficazes com uma dose de 0,7 g/Kg de peso corporal, quando feitas a cada duas horas, no transcorrer das seis horas após o exercício.

O crescimento muscular ocorre em três fases:
1. Estimulação: O stress, causado durante o treinamento pelas sobrecargas metabólicas e tensionais, provoca microlesões nos músculos envolvidos que caracterizam a estimulação.
2. Recuperação: envolve tanto a reparação dessas microlesões como também o restabelecimento energético num patamar superior ao anterior. Esta fase de recuperação é fundamental para o desenvolvimento muscular afim de se preparar para estímulos subseqüentes mais intensos. Se o atleta não estiver completamente recuperado e houver fornecimento de nova sobrecarga, a musculatura responderá de maneira negativa desfavorecendo o desenvolvimento muscular. Em se tratando do treinamento de hipertrofia muscular, acredita-se que a recuperação ocorra entre 48 e 72 horas, considerando uma alimentação adequada e outros fatores, tais como o descanso.
3. Crescimento: O processo de crescimento muscular, portanto, ocorre em sua maior parte não durante o treinamento e sim no período de descanso. A síndrome do overtraining se manifesta primariamente no sistema nervoso, depois alcançando o sistema muscular.

Recuperação pós-exercício:
Imediatamente após o exercício: 1 a 2 horas após do treino, os músculos que estavam ativos se preparam para restabelecer a energia gasta e maximizar a entrada de nutrientes. Este é o estado em que o corpo se encontra mais receptivo à absorção e armazenamento de energia.
Geralmente o corpo experimenta uma diminuição natural de insulina circulante durante o exercício, esta situação é superada por uma mudança nas células do músculo exercitado. Acredita-se que durante o exercício físico uma determinada proteína presente na membrana da célula é ativada por gatilhos de receptores de insulina, permitindo que a glicose entre na célula sem depender da insulina, este fenômeno é conhecido como fase insulino-independente. Esta fase ocorre até duas horas após a atividade física.
Quando consumimos um alimento, a insulina é lançada no organismo, mas quando é lançada na fase insulino-independente teremos dois mecanismo que agem para levar nutrientes para as células do músculo trabalhado. Ambos os processos fazem com que os nutrientes entrem nas células mais rapidamente, neste período importante para a recuperação.
Estudos demonstram que uma dieta adequada em carboidratos e proteínas cria uma resposta insulínica mais eficiente na recuperação do glicogênio muscular e para o anabolismo.

Síntese de glicogênio muscular
Em média, apenas 5% do glicogênio muscular utilizado durante o exercício é ressintetizado a cada hora após o exercício. Da mesma forma, para que a restauração seja total, são necessárias pelo menos 20h após a prática de exercícios intensos, desde que sejam consumidos carboidratos em quantidades adequadas.
Durante dias consecutivos de competição, ou de treinamento intenso, recomenda-se que os atletas consumam carboidratos entre 15 a 30 minutos após o exercício com porções adicionais a cada 2-3h.
No caso de treinos de endurance, a restauração do glicogênio muscular é um fator fundamental para o rápido restabelecimento da capacidade de realizar o exercício. Mesmo sem a ingestão de carboidratos, a reposição do glicogênio muscular pode ocorrer a partir da reutilização do lactato produzido durante o exercício intenso (o processo de recuperação ativa potencializa essa conversão). Acredita-se, porém, que a contribuição do lactato é pouco significativa para a recuperação do glicogênio muscular como um todo.

UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL É INDISPENSÁVEL PARA A MANUNTENÇÃO DA SAÚDE

Seja persistente com você mesmo! Lembre-se: Qualquer mudança é difícil, mas o seu sucesso só depende de VOCÊ!!!!!!!


Referências bibliográficas
TERJUNG, Ronald L. Adaptações Musculares ao Treinamento Aeróbio. Gatorade sports science institute sports science exchange 14. Novembro/Dezembro - 1997.
COYLE, Edward F. Carboidratos e Desempenho Atlético. Gatorade sports science institute sports science exchange 09. Janeiro/Fevereiro - 1997.
RANKIN, Janet Walberg. Efeito da ingestão de carboidratos no desempenho de atletas em exercícios de alta intensidade. Gatorade sports science institute sports science exchange 30. Julho/Agosto/Setembro - 2001.
BACURAU, Reury Frank. Nutrição e suplementação esportiva-, Phorte Editora, 2000.
KATCH, Frank I. & MCARDLE, William D. Nutrição, exercício e saúde., Ed Medsi, 4ªed, 1996.
WOLINSKY , Ira; HICKSON James F. Nutrição no exercício e no esporte, ED. ROCA, 2ª ed, 1996.